segunda-feira, 28 de abril de 2008

Dos 0 aos 6 meses

A criança autista, nesta idade:
  • Não solicita muito a atenção dos outros;
  • É indiferente perante a presença/ausência da mãe;
  • Não responde aos sorrisos;
  • Não apresenta movimentos antecipados de levantar os braços;
  • Mostra indiferença por objectos;
  • Reage exageradamente aos sons, como o telefone, apitos, gritos...;
  • As vocalizações iniciais podem não surgir, ou estarem sensivelmente atrasadas.

Desenvolvimento cronológico da síndrome

As características da criança autista manifestam-se a partir do seu nascimento. A criança é descrita como estranha, pois raramente chora, não reage à companhia da mãe e, aparentemente, não necessita de estimulação. É então, tida como uma criança sossegada. Todavia, há casos em que se sucede o oposto: a criança manifesta-se irritável e reage exageradamente a qualquer forma de estímulo.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Conhecer o Instituto

"É a nossa primeira visita ao Instituto de Surdos-mudos da Imaculada Conceição, a única coisa que sei é que é uma Instituição dirigida por freiras e que acolhe, educa e dá o apoio necessário a crianças surdas-mudas e autistas. Entrámos para um grande hall amplo e claro, onde nos deixaram à espera. Confesso que não era como imaginava. Uma Instituição sem fins lucrativos que subsiste apenas com as ajudas do estado dá sempre aquela ideia de um local um maltratado e inóspito (pelo menos era essa a ideia que eu tinha), mas estava tudo bastante limpo e arranjado. Havia três sofás novos à nossa espera, uma mesa com revistas, um placar com desenhos das crianças e quadros nas paredes, possivelmente retratos da Instituição antigamente. Sentei-me e peguei numa revista como pretexto para fazer qualquer coisa. O facto de estar tudo tão calmo e de termos sido deixadas ali tão sozinhas punha-me expectante."

in Na Terra do Nunca

terça-feira, 8 de abril de 2008

Qual a diferença entre uma psicoterapia, psicanálise e orientação?

Em linhas gerais, todas são técnicas que visam a ajudar um indivíduo, cada uma tendo as suas vantagens e limitações.

Existem formas diversas de psicoterapias, sendo a psicanalítica a mais divulgada e predominante no nosso meio. Poderíamos situar a psicanálise e a orientação em extremos opostos.

A psicanálise, resumidamente, exige que todo o trabalho seja feito pelo paciente, que ele desenvolva uma capacidade de introspecção e auto-análise e que ele conduza a sua terapia trazendo temas e problemas. Já a orientação é directa e objectiva, visando, especificamente, aos problemas dos pais, orientando-os no manejo do dia-a-dia do filho, ensinando-lhes como lidar com situações variadas.

Em resumo, de um lado a descoberta por si só, de outro o ensino, utilizando-se as mais diversas psicoterapias. O ideal seria que o terapeuta conhecesse e soubesse usar todas as técnicas ajudando, assim, mais abrangentemente o seu cliente. Em outras palavras, em vez de vender roupas prontas nas quais o freguês talvez não caiba, o bom seria o terapeuta ser um alfaiate que pudesse desenvolver uma terapia sob medida, pois cada caso é um caso e apesar de semelhanças e generalidades o ser humano é único e exclusivo.

O tratamento também deve ser assim.